A autogestão consegue assim dar um salto qualitativo na sua política de crescimento. Este investimento destina-se ao sector da carpintaria.

O SONHO QUE SE TORNOU REALIDADE

Primeiro Pólo Produtivo Autogerido por Presidiários: o acordo entre Liberté e Mutual Independencia foi assinado, sem dúvida, este é um grande passo que está sendo dado, pensando em atingir os objetivos de nossa entidade, mas é ainda mais quando falar desse sonho, promovido pelo nosso eterno padrinho, Mario Juliano

Há algumas horas, foi assinado um importante acordo entre nossa cooperativa e a Mutual Independência.

Em nome da Asociación Mutual Independencia, José Daniel Peloni e Raúl Miguel Rodríguez, presidente e secretário, respectivamente, enquanto Pampa e Carlitos, presidente e secretário, respectivamente, de nossa entidade assinaram em nome da Cooperativa de Trabajo Liberté.

Foi este, um primeiro acordo por mútuo acordo, pelo qual a Liberté pode continuar avançando com o polo de produção.

Sem dúvida, a figura que mais se destacou entre os participantes do evento, pela sua investidura, foi Alexandre Roig, presidente do INAES, embora muitas pessoas tenham participado do evento a partir da plataforma Zoom, que de uma forma ou de outra contribuir diariamente, lado a lado, junto conosco para o fortalecimento de nossa instituição.

Por motivos óbvios, os membros do Conselho de Administração da Cooperativa Liberté, seu presidente, Xavier "pampa" Aguirreal, o secretário, Carlos T. e seu administrador, Ariel T., eram do grupo, o presidente da Mutual Independência, José Daniel Peloni, o secretário da instituição, Raúl Miguel Rodríguez. Houve também a importante presença de Alberto Bavestrello, da Federação Argentina de Cooperativas de Crédito e vice-presidente da Cooperar, membro fundador da cooperativa Liberté.

Palavras do presidente da Mutual Independência

Colocamos em prática os princípios e valores que unem estas entidades, com base na solidariedade, na ajuda mútua, na colaboração entre as nossas entidades, através deste acordo que vamos assinar, entendendo que a AMI tem colaborado da melhor forma possível , para que a Cooperativa de Trabalho Liberté possa impulsionar esta interessante atividade produtiva, proporcionando-lhe o financiamento de um bem de capital, e estabelecendo uma forma de amortização muito conveniente, vinculada à produção dos bens.

Os membros representativos da Mutual, representados hoje em minha pessoa, estão muito felizes em poder celebrar este acordo desta forma, enviamos nossos cumprimentos aos meninos trabalhadores da Cooperativa Liberté, que tenham o sucesso que merecem, e eu desejo-lhes longa existência para Liberte.

Palavras do presidente da Liberté

O "pampa" agradeceu a Alberto Bavestrello o enorme jogo de palavras, que nos dá crédito e tem crédito, que é sinônimo de confiança, que é a mensagem que mais chega às nossas almas, especialmente aqueles de nós que estão aqui na cadeia e que em geral, as pessoas não confiam.

Quem primeiro confiou em nós foi Mario Juliano, nosso eterno padrinho, já falecido, que ficaria muito feliz com isso. Com isso poderemos iniciar profissionalmente a carpintaria, fazendo cortes a laser.

Lembrou-se então dos primórdios da Liberté onde faziam relógios de parede em madeira, e tinham que fazer cortes a laser, com alta precisão, tendo que terceirizar para outra empresa por não terem a ferramenta para esse fim, para o qual não descartou a possibilidade de retomar aquela atividade, que proporcionou tantos bons momentos ao Liberté.

Agradeceu ainda a Alexandre Roig, responsável do INAES, de quem disse que, por decisões políticas ou institucionais, permitiram e permitiram que a Liberté fosse a primeira cooperativa com o seu conselho de administração preso, pelo que deu origem ao contágio de grupos de presos da Argentina, que já estão no mesmo caminho, indicando que já existem outras cooperativas formadas, pelas quais mais uma vez agradeceu a confiança depositada.

Mensagem do responsável do INAES

Na hora do encerramento, também teve seu espaço o chefe da entidade governamental, Sr. Alexandre Roig, que, entre outras palavras, disse que há cerca de quinze anos trabalha em prisões, como a Unidade 48 de San Martín, e É por isso que bem se pode dizer que este momento é onde o ambiente prisional se conjuga com o mundo cooperativo e mútuo, ao qual acrescentou, sendo, como valor acrescentado, a palavra liberté, referindo-se à nossa cooperativa e sua tradução, liberdade, nesta eventualidade, para a qual lhe parecia que um caminho totalmente novo está sendo traçado no país, que está crescendo, em inúmeros espaços. Cito também que esta situação é muito estimulante, e sei que sinta-se grato por permitir que ele faça parte deste momento, destacou o referente estadual.

OUTROS PARTICIPANTES QUE SEGUIRAM A ASSINATURA DO CONTRATO

Eduardo Bilbao, Cooperativa Independência.

Juiz de Execução Penal, Itatí Zudaire, Província de San Luis, Primeira Circunscrição.

Mónica Panelli, advogada e membro do Credicoop.

Jaime Saavedra, uruguaio, amigo da Cooperativa Liberté.

Aimé Silva, membro do Centro de Estudos Judiciais, da Universidade Nacional de Lomas de Zamora, e trabalha no órgão judiciário da mesma localidade.

Qualquer Acevedo, advogado, facilitador de diálogo, da Penitenciária da Nação, em contexto de reclusão e sócio fundador da Cooperativa Liberté.

Juan Pablo Palmieri, estudante preso no Centro Universitário Manuel Belgrano da Unidade Penitenciária 38, Sierra Chica, e integrante do programa de rádio Telarañas.

Graciela Brinztein, pró-tesoureira do Comitê de Gênero da Cooperar, é membro da Federação Argentina de Cooperativas de Crédito e sócia fundadora da Cooperativa Liberté.

Dailo González, estudante em contexto de confinamento e membro do programa de rádio Telarañas.

Marita Suarez, membro da Federação das Cooperativas de Trabalho, FECOOTRA, ex-agente de promoção do cooperativismo em contexto de confinamento da referida entidade.

Cecilia Pintos, do Canadá, aluna do programa Action Training, pertencente ao PPN.

Diana Márquez, coordenadora de Víctimas por La Paz, colaboradora próxima de Liberté e membro da cooperativa Liberté.

Jimena Falco, colaboradora próxima e membro da cooperativa Liberté.

Mariela Martínez, estudante em contexto de confinamento, na Unidade 52 da Azul.

Pablo Ruggeri, vice-presidente da FAC, membro fundador da cooperativa Liberté.

Josefina Ignacio, madrinha da Cooperativa Liberté, Comissária do Comitê Nacional para a Prevenção da Tortura.

Marisa Pombo, sócia fundadora da cooperativa Liberté.

Miguel García Camacho, é membro da Federação Argentina de Cooperativas de Crédito e da Mútua e Cooperativa Independência.

Ezequiel Machuca e Leonardo, trabalhadores da reciclagem em contexto de confinamento, rumo à formação cooperativa.

Alba Navas, ACIFAD.

Irma Carrizo, diretora de cinema, INCAA, Villa María, Córdoba.

Roberto Conti, Juiz de TOC 7, de Lomas de Zamora, diretor do Centro de Estudos Judiciais de Lomas de Zamora.

Ricardo Augman, Escritório Penitenciário Nacional, membro fundador da Cooperativa Liberté.

Natalia Ríos, representante do Serviço Penitenciário de Buenos Aires, atualmente trabalha na Liberté.

Julio César Fuque, presidente da Cooperativa Kbrones e membro da FECOOTRA.

Fonte: Liberté Press