Foi a responsável por disponibilizar um inovador sistema de facilitadores de saúde na Unidade Penal 15 de Batán.
Inspirados por práticas na administração de serviços de saúde junto à comunidade mapuche, esses facilitadores atuam como intermediários entre a área sanitária e os detentos, possibilitando um atendimento médico mais alinhado com as reais necessidades da população carcerária.
Facilitadores de saúde e um acerto
O projeto nasceu a partir da análise de experiências bem-sucedidas em que líderes comunitários levavam suas demandas diretamente a médicos da região. Apesar de inicialmente contar com dois facilitadores por pavilhão, atualmente, em muitos casos, há apenas um.
Facilitadores de saúde: início das atividades
Vale destacar que a figura do “facilitador de saúde” foi implementada em 2021. Antes disso, ocorreram encontros na sede da Liberté, na seção de Saúde, onde se trabalhou arduamente para tornar o projeto realidade.
Participaram da reunião que aprovou o projeto – surgido das profundezas da Cooperativa Liberté – membros da própria cooperativa, a Dra. Diana Márquez (integrante do Comitê de Prevenção e Solução de Conflitos), além de representantes da Universidade Nacional de Mar del Plata, especialmente da Faculdade de Ciências da Saúde e Serviço Social, através da Secretaria de Extensão, com Ludmila Azcue e Luciana Patiño, que ofereceram um forte apoio à iniciativa e à sua concretização.
O responsável pela área de saúde penitenciária, Dr. Bertolini, também aprovou o projeto, que foi recebido com entusiasmo, sobretudo ao saber que ele se baseava em uma experiência pessoal anterior com povos originários (mapuches), na região da cordilheira, onde ele mesmo havia liderado essa estratégia eficaz de atenção à saúde.
Atualmente, o projeto funciona graças ao esforço da assistente social da Unidade 15, Julieta Torres, e dos presos que atuam como facilitadores de saúde, mostrando solidariedade para com seus companheiros.
Facilitadores de saúde e a experiência
“Mingo”, um dos facilitadores, lembra a origem desta figura e destaca a presença constante da Cooperativa Liberté e de seu mentor e presidente, “Pampa”, além de Miguel, sócio fundador que se dedicou a pesquisar projetos semelhantes.
Ele ressalta ainda como essa função agilizou processos médicos que antes exigiam mobilizações coletivas para se conseguir atendimento. Apesar dos desafios com novos responsáveis sanitários que ainda não compreendem completamente sua função, Mingo reafirma o compromisso: “Vamos continuar lutando para melhorar as respostas aos problemas de saúde”.
Facilitadores de saúde e um só propósito
O projeto busca não apenas atender às necessidades imediatas, mas também estabelecer bases sólidas para políticas públicas mais inclusivas dentro do sistema prisional.
A partir da Cooperativa Liberté, o trabalho continua com o objetivo de replicar essas iniciativas em outras unidades prisionais, promovendo assim uma verdadeira integração social e comunitária.
Fonte: Prensa Liberté