Trata-se de Waldemar Cubilla, que fez um reconhecimento à transformação e superação no contexto de privação de liberdade, como funcionário do governo da província, atuando na área de educação e cultura em contextos de encarceramento.

Ele visitou o território Liberté e declarou, após percorrer as instalações da nossa cooperativa:
"A missão da nossa direção provincial é impulsionar o desenvolvimento cultural nas prisões, tarefa enquadrada na nova subsecretaria de inclusão laboral e comunitária."

"O que buscamos é construir pontes entre a formação cultural dentro e fora do cárcere. Nós falamos em formação cultural para o trabalho, sempre pensando na transformação do indivíduo. A formação cultural em contextos de reclusão pode se tornar uma ferramenta concreta para a geração de trabalho fora da prisão e, sempre que possível, para a preservação da liberdade. Uma ferramenta, um bom canal para a saída daqueles que estiveram privados de sua liberdade. Abertos à sociedade, mas com um novo olhar — um novo contexto cultural que contribui para a reinserção, ou melhor, uma verdadeira inserção no seio da comunidade."

Cubilla destacou que "o trabalho realizado tanto pela Liberté quanto pelo Estado no território das prisões, assim como por outras instituições com responsabilidade legal sobre a questão penitenciária, representa um grande desafio: o de construir, a partir da experiência, uma nova perspectiva sobre as políticas de segurança fora dos muros."

O funcionário ressaltou ainda que "é de grande valor o fato de que hoje Nora Calandra esteja à frente de uma subsecretaria no Ministério da Justiça chamada Inclusão Laboral e Comunitária", especialmente em um contexto em que predominam discursos punitivos.

Cubilla também compartilhou sua própria experiência de transformação, após ter estado privado de liberdade, enfatizando como seu caminho de crescimento pessoal o levou a se tornar formador de bibliotecas comunitárias. Destacou a importância de promover a leitura como uma ferramenta fundamental para gerar mudanças significativas nas comunidades.

Por fim, encerrou seu encontro com elogios ao trabalho realizado em nossa cooperativa, destacando nossa autogestão como exemplo de transformação e superação para aqueles que hoje vivem o encarceramento.

Fonte: Prensa Liberté