Nas últimas horas, Liberté voltou a ser reconhecido pelo governo da província de Buenos Aires como um núcleo social organizado e autogerido por pessoas privadas de liberdade.

Liberté como ferramenta de transformação

Sem dúvida, nosso espaço, que há mais de uma década trabalha para dignificar a vida daqueles que, ao perderem a liberdade, perderam tudo, continua gerando situações que favorecem o despertar para uma mudança pessoal coletiva. As ferramentas autogeradas pelos próprios presos continuam surgindo, e os resultados são de alto impacto, recebendo reconhecimento tanto de dentro quanto de fora. Liberté é um exemplo a ser seguido por quem busca mudanças no comportamento social global. A prisão, como foi concebida, já fracassou; o modelo Liberté é o que impulsiona a transformação, mesmo em meio a turbulentas oposições.

Diplomatura 2025

O que aconteceu na última sexta-feira de junho — o lançamento da diplomatura universitária intitulada "Liberdade Alimentar e Habitat Sustentável" — apenas reforçou o êxito das ações realizadas até agora. A formação educacional, surgindo das próprias entranhas de uma prisão de segurança máxima, deixa claro que aqueles altos muros cinzentos de concreto são atravessados não só para levar conhecimento, mas também algo que já é inegável: um grupo de pessoas presas que superou sua condição desfavorável de encarceramento por meio da educação, da vontade e do esforço diário por uma mudança positiva.

Ministro do Desenvolvimento Agrário

O titular da pasta voltada ao setor agropecuário, Javier Rodríguez, somou-se desde o início da diplomatura universitária relacionada à alimentação ao nosso projeto de crescimento. Este ato soma-se a uma cadeia de vínculos com o governo provincial, como por exemplo com as PUPPA — Pequenas Unidades Produtivas de Produtos Artesanais Alimentares —, onde Liberté conseguiu ocupar uma posição de destaque nesse contexto gastronômico. Tal como aparece no portal oficial do governo provincial, esta foi a primeira Pequena Unidade Produtiva de Alimentos Artesanais dentro de uma prisão, voltada à produção de alimentos destinados ao refeitório solidário. A partir disso, seguiram-se diversos eventos ligados à formação educacional e à autogestão, como a padaria, a cozinha com estrutura industrial e também um desidratador, onde são utilizadas hortaliças orgânicas cultivadas em nossa própria horta de igual característica.

Fonte: Prensa Liberté